"Meu Lugar e Minha Tarefa"

"MEU LUGAR E MINHA TAREFA"

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“Cada homem tem seu lugar no mundo e no tempo que lhe é concedido”.

Sua tarefa nunca é maior que sua capacidade para poder cumpri-la. Ela consiste em preencher seu lugar, em servir à verdade e aos homens. Conheço meu lugar e minha tarefa; muitos homens não conhecem ou chegam a fazê-lo quando é demasiado tarde. “Por isso tudo é muito simples para mim e só espero fazer justiça a esse lugar e a essa tarefa”. (João Guimarães Rosa)

VALMIR COSTA

Pastor Presidente da Igreja Batista Missionária Estrela da Manhã em Salgadália – Bahia

CONTATOS & CONVITES: (75) 3218-5343 ou (75) 8195-0098 pr.valmircosta@hotmail.com

Uma Menságem Para Você!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A CONQUISTA DE SI MESMO

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“Aquele que é escravo de suas paixões e instintos, nega de fato a sua liberdade. Não é livre nem de fato, nem de direito. Submetendo-se ao domínio da natureza inferior, abdica a sua realeza e a sua filiação divina”. (Júlio Schwantes).



SANSÃO, O FORTE-FRACO

Sansão tinha tudo para começar e terminar bem a sua história, mas não foi assim. A história de Sansão deve levar o crente a refletir sobre como está agindo e reagindo em sua luta contra a concupiscência da carne.

À semelhança de Sansão, toda pessoa tem áreas vulneráveis ao pecado. Por isso, o autocontrole é uma virtude que não pode faltar no caráter do cristão. Sansão não levou isso a sério.

Nenhum outro homem na Bíblia se compara a Sansão quando se trata de força física extraordinária.

Debaixo da unção divina, ele realizou sete impressionantes proezas:

- Estrangulou um leão sem usar nenhum tipo de arma (Jz 14.6)

- Massacrou trinta homens em Asquelão (Jz 14.19)

- Com trezentas raposas, ele queimou os campos dos filisteus (Jz 15.4)

- Pela segunda vez, massacrou os filisteus (Jz 15.8)

- Com uma queixada de jumento, ele feriu mil homens (Jz 15.15)

- Removeu os portões de Gaza (Jz 16.3)

- Derrubou o templo de Dagon (Jz 16.23-31)

Apesar dessas proezas, Sansão foi derrotado pelos inimigos e reduzido a escravo nas mãos dos filisteus, tudo porque não foi capaz de conquistar a si mesmo.


O fracasso de Sansão nos ensina que “uma fraqueza que o homem não domina, logo será a causa da sua própria destruição”.

DEIXOU-SE GUIAR PELO CORAÇÃO
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O profeta Jeremias disse que “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17.9ª).

Quem não tem domínio próprio sobre os desejos do seu coração, certamente tomará caminhos errados, e os resultados serão desastrosos.

Foi o que aconteceu com Sansão. Ele deixou-se levar pelos impulsos do seu coração, não usando a sua inteligência para fazer ponderações.

Apaixonou-se por mulheres filistéias, não atentando para a orientação e para o bom-senso dos seus pais e, muito menos, pedindo orientação do Espírito Santo.

O jovem Sansão foi seduzido, enganado, subjugado, humilhado, derrotado, até que se arrependeu e Deus teve misericórdia dele (Jz 16.28-30).

“O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará”(Pv 28.26).


APRENDENDO COM OS ERROS DE SANSÃO

- Aqueles que não se sujeitam á disciplina própria serão disciplinados pelas circunstâncias da vida.

- Pessoas que são escravas de suas paixões correm o risco de morrerem como escravas.

- Cada pessoa lavra os termos da sua própria sentença. O destino do homem é o resultado das escolhas que ele faz.

- Quem brinca de se deixar amarrar, um dia poderá ficar amarrado para sempre.

Todo cristão precisa saber que o domínio próprio é uma conquista diária, em que as pequenas vitórias de hoje preparam as grandes vitórias de amanhã. (1 Co 9.24-27).

O apóstolo Paulo coloca o domínio próprio como uma das virtudes do fruto do Espírito que precisa ser desenvolvida no crente (Gl 5.22).

O autocontrole é o desafio de cada dia. Não importa o nível de maturidade do cristão, esta é uma batalha que vai durar até o dia do arrebatamento da igreja ou da partida de cada um para estar com o Senhor. Esta é a luta da qual a Bíblia fala (Gl 5.17).

Um dos homens que desenvolveu esta qualidade em seu caráter foi o apóstolo Paulo. Ciente de que o autocontrole seria o segredo da sua vitória sobre a sua natureza, preferiu esmurrar o seu corpo reduzindo-o á escravidão para que, pregando aos outros, não viesse a ser desqualificado (1 Co 9.27).

Se Sansão tivesse feito o mesmo, sua história teria outro final.


PORQUE SANSÃO NÃO CONQUISTOU A SI MESMO?


Observe que Sansão dominou seus muitos inimigos, mas não foi capaz de dominar a si mesmo, e esta foi a causa da sua derrota.

Consideremos quatro razões que comprovam que sansão foi displicente e indisciplinado:

- Excesso de confiança (Jz 16.20).

Quando as pessoas confiam demasiadamente em si, acabam se autodestruindo.
O conselho das Escrituras é: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).

- Não levou a sério seu ponto fraco.

Toda pessoa deve saber qual é o seu ponto fraco, o que a leva a vigiar e proteger as áreas vulneráveis de sua vida, sabendo que não pode descuidar das inclinações de sua alma. Jesus deixou um alerta sobre isso (Mt 26.41).

- Brincou de se arriscar (Jz 16.1-20).

Quem brinca de se arriscar, acabará nas mãos do inimigo, porque o diabo não brinca de ser diabo, muito pelo contrário (1 Pe 5.8). O cristão deve viver cautelosamente em todo tempo, conforme o apóstolo Paulo escreveu (Ef 6.18).

- Nunca quis aprender com os seus próprios erros.

John Maxwell diz que, para aprender com os próprios erros é necessário:

1 – Ser grande o bastante para admitir os erros

Quando há dificuldade em se admitir os erros, deixa-se de ser benção para as pessoas, tornando-se um grande problema. Só os verdadeiramente grandes são capazes de reconhecer os seus erros.

2 – Esperto o suficiente para se beneficiar deles.

Os erros de uma pessoa podem ajudá-la a mudar a maneira de fazer as coisas, de se comportar diante de certas situações, e da forma como ela reage aos estímulos.


O QUE ENVOLVE O DOMÍNIO PRÓPRIO

O domínio próprio não está relacionado apenas ao instinto sexual, mas também a muitas outras coisas, ou melhor, a todas as áreas da vida do cristão.

- O domínio do apetite
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O apóstolo Paulo fala do assunto em Gálatas 5.22.

Glutonaria – Dentro do nosso contexto, nos dias atuais, aqueles que perdem o controle e comem exageradamente estão praticando as obras da carne.

Não seria exagero afirmar que, na maioria das vezes, a obesidade é um problema espiritual. Quando uma pessoa come além do necessário, está praticando a glutonaria e destruindo o templo do Espírito Santo, que é o seu corpo (1 Co 6.19).

- O domínio do temperamento

“Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32).

Quando não há controle do temperamento, a pessoa se torna anti-social, com dificuldade de se relacionar, e isso compromete todas as outras áreas da sua vida.

Quando uma pessoa se converte a Cristo, o seu caráter passa por uma transformação, porém, o temperamento não.

O temperamento será controlado pelo Senhor, à medida que o Espírito Santo desenvolver na pessoa o caráter de Cristo.

Isso tem a ver com o que Jesus disse no Sermão da Montanha: “Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5).


- O domínio da língua

“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tg 3.2).

A língua pode ser um instrumento gerador de vida, como também de morte (Pv 18.21). Não é por acaso que a Bíblia compara a língua a uma “navalha afiada” (Sl 52.2) e “flecha mortífera” (Jr 9.8).

Infelizmente, a causa dos maiores problemas na igreja é o uso indisciplinado da língua. Nada é mais prejudicial ao Corpo de Cristo do que pessoas que não tem controle no uso da língua.

- Domínio nas finanças

O domínio do impulso de gastar (2 Rs 4.1-7).

Um dos segredos dos bons administradores é o “autocontrole”. A falta de domínio próprio na administração do dinheiro leva a pessoa a ser um consumidor compulsivo.

Há pessoas que são inteligentes em muitas áreas, porém não são boas administradoras.

Todo bom administrador tem visão, sabe planejar, é determinado, generoso e tem autodisciplina.

A pessoa que tem autocontrole dos seus impulsos costuma ser criteriosa quando sai ás compras, porque sabe dar valor ao dinheiro que foi ganho com muito esforço.


DESENVOLVENDO E EXERCITANDO O AUTOCONTROLE

Como as demais virtudes, o autocontrole precisa ser desenvolvido e exercitado por todo cristão. Ele não surge automaticamente na vida das pessoas. É uma busca diária que exige esforço e muita atenção.

Jesus deu um alerta aos discípulos quando os encontrou dormindo em vez de encontrá-los orando (Mt 26.41).

Se a carne é fraca, como alguém poderá, então, desenvolver tal virtude em seu caráter para vencer as tendências destrutivas da carne?

- Através da dependência da graça de Deus

Nenhum cristão conseguirá segurar seus instintos, temperamentos e desejos por muito tempo, sem contar com a graça do Senhor Jesus.
Aquele que salva e torna o homem participante da Sua natureza pode auxiliar no desenvolvimento do autocontrole através do Espírito Santo.

Lembre-se de que o recurso máximo resulta da transformação da disposição interior. (2Tm 2.1; 2 Co 12.9).

- Através da vida disciplinada

O cristão, qual atleta, deve ter uma vida disciplinada (2Tm 2.5). Isso tem a ver com meditação, oração, estudo da Palavra, momentos de solicitude com Deus, a prática do serviço cristão, a confissão e o culto.

A pessoa disciplinada nas pequenas coisas tende a ser disciplinada nas grandes coisas também, enquanto os que são indisciplinados num aspecto da vida o são em muitos outros. A disciplina é o preço para se ter uma vida de excelência.

John Maxwell disse: “Quem não aceita a dor da disciplina hoje, amanhã irá chorar com a dor do arrependimento”.


- Decidindo-se antecipadamente

É sempre mais fácil vencer a tentação quando se decide agir antes de ela surgir. Daniel e seus companheiros de oração, Mizael, Ananias e Azarias decidiram antes como iriam agir quando fossem tentados na Babilônia (Dn 1.8).

Quando se decide não mentir diante de uma possível situação, fica mais fácil trabalhar só com a verdade.

- Controlando os pensamentos

As ações são o resultado daquilo que se pensa. De certa forma, a pessoa é fruto de seus pensamentos. Se os pensamentos forem controlados, a pessoa, conseqüentemente, não agirá com base no que está sentindo, mas sim, em princípios.

Pode se escolher os pensamentos que devem dominar a mente. O apóstolo Paulo, escrevendo para a igreja de Filípos, disse:

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8 ).



- Conclusão

Se pudéssemos perguntar ao apóstolo Paulo: “O que é necessário para começar e terminar bem na carreira cristã?"

É bem provável que ele respondesse:

“ Dentre as muitas virtudes do caráter, não pode faltar no cristão o domínio próprio”.

Em suas epístolas, fica claro que aqueles que conquistam a si mesmos, subjugaram antes as tendências pecaminosas da velha natureza, submetendo-as ao controle do Espírito Santo. Foi esta a orientação que o apóstolo enviou aos gálatas (Gl 5.16).

Concluímos com as palavras de uma escritora conhecida que sintetiza tudo o que estudamos sobre domínio próprio:

“ Fisicamente falando, Sansão foi o homem mais forte da terra; mas, no domínio de si mesmo, na integridade e firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos tomam erradamente as paixões fortes como caráter forte; mas a verdade é aquele que é dominado por sua paixão é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que dominam”.

Colunas do Caráter Cristão/Central Gospel - Rev.14 - Ano 3
Comentarista: Pr. Josué Gonçalves.


Fraternos abraços,


Pr. Valmir Costa


IBMEM – 19/05/2011.






Quer atingir um alvo? Fuja então destas dez atitudes!

1. Dúvida 2. Medo 3. Passividade 4. Distrações 5. Decepções 6. Preguiça 7. Visão pequena 8. Falta de fé 9. Ficar só pensando e não agir 10. Olhar para os que não alcançaram.